As mudanças climáticas são uma realidade, e as populações da Amazônia estão entre as mais impactadas por seus efeitos. A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) atua na mitigação e adaptação climática na região amazônica, focando em iniciativas que promovem a resiliência de comunidades ribeirinhas e populações periféricas e apoiam governos regionais em políticas de conservação ambiental e redução de desmatamento e queimadas.  

Mitigação e adaptação climática são estratégias para enfrentar as mudanças climáticas. A mitigação foca na redução das emissões de gases de efeito estufa, por exemplo, com a conservação das florestas e o uso de energias renováveis. Já a adaptação busca ajustar comunidades e ecossistemas às novas condições climáticas, protegendo-os de riscos como secas e inundações, por meio de práticas sustentáveis e infraestrutura resiliente. Na Amazônia, essas ações são essenciais para garantir a resiliência das populações locais e a conservação dos ecossistemas.

A FAS também investe em educação e informação sobre mudanças climáticas e os benefícios ambientais, sociais e econômicos associados à proteção do meio ambiente. Esses projetos não apenas fortalecem a capacidade de pessoas e comunidades de lidar com os impactos das alterações do clima, mas também incentivam práticas sustentáveis que contribuem para a mitigação e adaptação dos efeitos dessas mudanças na Amazônia.

Com iniciativas voltadas para o enfrentamento da crise climática adaptadas a diferentes territórios e realidades da Amazônia, o trabalho da FAS propõe que o desenvolvimento sustentável, a mitigação e a adaptação climática podem criar um futuro mais resiliente e próspero para os povos da região: 

ALIANÇA ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA

É uma coalizão para o enfrentamento das mudanças climáticas, em resposta aos efeitos extremos que impactam a Amazônia e seus povos, como as secas históricas de 2023 e 2024. Idealizada pela FAS, a Aliança já conta com o apoio de 80 organizações da sociedade civil, empresas e institutos de pesquisa. A coalizão mapeou os pontos mais atingidos pela seca e mobilizou doações de alimentos, água potável, remédios e outros itens de primeira necessidade para as comunidades e áreas isoladas.  

Em outra frente da Aliança Adaptação Climática, pesquisadores e analistas acompanham as flutuações do pulso de inundação da bacia hidrográfica do Rio Amazonas e fatores climáticos para identificar tendências e fornecer recomendações em apoio a governos estaduais e municipais no combate a eventos extremos e para ações de adaptação climática. 

ÁGUA+ ACESSO

Realizado pela FAS, em parceria com a Fundación Avina e Coca-Cola Brasil, o projeto Água+Acesso fornece água tratada e própria para consumo direto nas torneiras das casas dos comunitários, promovendo melhoria na qualidade de vida, saúde e higiene. A iniciativa beneficiou 1,6 mil pessoas no estado Amazonas que foram afetadas pela seca histórica de 2023. 

Focado em mitigar os impactos das mudanças climáticas, o projeto envolve a instalação de sistemas de captação, tratamento e armazenamento de água potável para os comunitários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus (AM). A tecnologia adotada nas comunidades se beneficia do uso de energia sustentável por meio de painéis fotovoltaicos e está ligada a uma estação de tratamento de água. Ao todo, esta abordagem permitirá fornecer 56 milhões de litros de água potável por ano, por meio de quatro sistemas instalados. 

CURSO REDD+ NA AMAZÔNIA

Promovido pela FAS, em parceria com a Mitsubishi Corporation Foundation for the Americas (MCFA), o curso visa fortalecer e compartilhar conhecimentos a líderes locais no uso sustentável das florestas e no aproveitamento das oportunidades oferecidas pelos mecanismos de REDD+.

REDD+ é uma sigla para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal. Esse é um mecanismo global que busca incentivar a conservação das florestas, oferecendo compensações financeiras aos países em desenvolvimento que reduzem suas emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal. No contexto amazônico, onde a pressão sobre as florestas e os recursos naturais é intensa, o curso é importante para fortalecer o papel das comunidades locais na proteção ambiental e no desenvolvimento sustentável. 

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